Curitiba: visita a uma querida amiga

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Um dos motivos que me levou a querer dar a volta ao mundo é a possibilidade de rever os amigos e participar um poquinho da vida deles. Minha maior riqueza são os meus amigos, tenho muitos preciosos, gente do mundo inteiro que conheci em alguma viagem ou em algum trabalho. Ir até eles é uma forma de aprofundar essa amizade e criar novas possibilidades, conhecer suas casas, saber do seu trabalho e comer com a sua família. Assim as cidades do mapa ganham vida me trazem sensações, aromas e, o principal, beijos e abraços apertados.

Por tudo isso, quando recebi a mensagem da Taís Ribeiro dizendo que estava com saudades, foi mais forte do que eu. Logo já tinha destino certo e um novo rumo para a viagem, passar em Curitiba era parte da rota.

Foram várias caronas até chegar lá. Sai de Ubatuba na 2a-feira, 6/01, sempre que estou na casa da Anna e do Rodrigo enrolo para sair, fico brincando com o Matt e a Corinna. Dessa vez em especial, olhava para eles e j´a sentia saudade só de pensar. Despedi de novo e fui para o Posto Ipiranga do Itaguá pegar carona (onde já sou conhecida da época que morava em Paraty e sempre ia lá). Depois de uma hora consegui carona com o Rafael Melo, já era hora do almoço e como as duas estradas estavam fechadas, o Rafael Melo que tinha me dado carona tinha decidido esperar liberarem a rodovia que sobe para Taubaté, enquanto almoçávamos. Acabei convidando ele para almoçar na casa da Anna e do Rô, ajudamos a preparar o almoço e seguimos viagem em seguida (como ele e o Rô são surfista e tão sempre por ali, logo descobrimos amigos em comum). Essa foi a primeira de muitas caronas e coincidência dessa viagem. Consegui outra carona com um músico que me levou até Votorantim, era umas 19horas e já estava escurecendo. Logo vi que teria uma noite em claro em um posto de gasolina, já que não costumo pegar carona a noite. O posto era um ótimo, grande e com muita gente trabalhando, 2 seguranças, 2 frentistas e uma atendente na conveniência a noite toda. Estava tranquila. Como ainda estava com o computador, fiquei escrevendo, li um pouco e conversei muito com as atendentes. Super simpáticas adoraram a ideia da viagem e toda hora me ofereciam café, água, salgado… Estava em casa.

A noite me deu muito sono, como estava tranquilo lá no posto pedi para dormir lá atrás das mesas onde era escuro, ninguém me veria e estava escondida. Acordei com a Rose, atendente da madrugada dizendo que tinha sido assaltada (ninguém no posto percebeu, nem os seguranças, nem os frentistas). Logo tinham várias viaturas lá e mais seguranças, mas ficou todo mundo bem. Como sempre, dei muita sorte, a vida inteira nunca fui assaltada e não iria sê-lo na viagem… 🙂

Assim que amanheceu apareceu minha carona, até a cidade vizinha, mau cheguei no segundo posto tinha um caminhão saindo que iria a Florianópolis e os frentistas me disseram para pedir carona. Foi assim que as 15 horas, 07/01 consegui chegar no trevo de Curitiba. Mas comecei a caminhar sentido a cidade, o Geraldo um outro caminhoneiro que estava sem carga parou e se ofereceu para me levar até a entrada da cidade. Me deixou em frente ao Jardim Botânico com todos os seus contatos. Se precisasse de qualquer coisa, podia ligar para ele. Um fofo!

Foi assim, que na décima vez que estava indo a Curitiba, fui conhecer o Jardim Botânico. Cá entre nós, é bonito, mas imaginava bem maior o castelinho de vidro… Achei bem legal lá pois nada como ter água gelada e banheiros limpos para fazer uma viajante feliz. O verão tinha chegado e se instalado ali na terra do pinhão, nada melhor do que aproveitar as minhas 4 horas do que me estirar na grama de frente ao lado e tomar sol.

Jardim Botânico

 

Quando deu umas 18:00 horas fui pro Largo da Ordem andando para encontrar a Taís no tradicional Bar do Alemão. Assim que cheguei, a chuva despencou, um verdadeiro vendaval e fiquei bem feliz por estar lá, com internet, no seco.

Foi maravilhoso reencontrar a Taís ela ainda levou a Erika, uma amiga em comum nossa que tinha feito um treinamento junto comigo quando trabalhava na Aliança Empreendedora. Aproveitamos a noite comemos e fomos para a casa dela.

Encontrar a Taís e saber da sua vida foi maravilhoso, fazia uns dois anos que não nos encontrávamos, mas nosso caminho tem vários pontos em comum os principais são as paixões pela bike e área social. Ela conseguiu juntar as duas e está abrindo uma empresa para vender equipamentos de bicicleta que são feitos por mulheres da comunidade para onde está se mudando e onde já faz um trabalho social.

Foi um encontro foda para mim. Eu que já tinha a Taís em alta conta, mas virei fan dela de saber a história. Ela largou o trabalho que a sustentava para ficar trabalhando no projeto social que era voluntária. Agora está morando com as pessoas que também trabalham no mesmo projeto e abrindo a empresa Bonfim Bike para apoiar o projeto e gerar renda para ela e as pessoas da comunidade. Nesse processo, apareceu uma casa lá onde é o projeto social para onde vai se mudar. Está dando tudo certo e acho que desde que conheci ela, nunca a vi com tanta energia. Fazer o que gosta realmente faz bem para as pessoas.

Sai de lá sabendo que o mundo está repeto de possibilidades, só precisamos estar disponíveis para mudar de casa, trabalho e fazer o que gostamos, o que da brilho no olho. Não que isso ira resolver todos os problemas, mas ao que percebo, parece que é um caminho melhor para viver.

No dia seguinte tomamos café junto com o Aron e a Darclê Foi maravilhoso rever a Tais e a Erika. Melhor ainda saber de todas as mudanças na vida da Tais, amiga que a cada dia passo a adimirar mais. Sai de lá sabendo que o mundo está repeto de possibilidades, só precisamos estar disponíveis para mudar de casa, trabalho e fazer o que tem propósito (casal incrível que senti muito não poder ter conversado mais), eles nos deram carona até o centro da cidade.

Carol e Tais Ribeiro

Taís foi trabalhar e eu fui pegar carona para Floripa. Sabia que meu caminho me levava par longe dali e fui super contente para Floripa já tendo lugar para ficar, a casa da Aline. 🙂

Sai no dia 8/01 de Curitiba e com sorte, no mesmo dia as 7 da noite já estava em São José, região metropolitana da Ilha. 🙂

Album: http://on.fb.me/Mnd7rU

 

 

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